FINADOS OU REFINADOS? João J. C. Sampaio Há tempos, presenciei um emocionante testemunho: uma mulher doente, de idade avançada, de cabelos alvos, de visão e audição comprometidas, de pouquíssimo estudo, mas de profunda compreensão da existência, ministrou uma lição que, dificilmente, esquecerei. Ao saber da morte de uma de suas filhas, manifestou o desejo de chegar bem depressa ao local do velório. Lá, depois de chorar a sua dor diante das pessoas que a contemplavam cheias de compaixão, expressou em voz alta a sua fé, afirmando que ali viera para devolver às mãos de Deus a sua filha querida. Assim como um dia, na alegria a recebera e a encaminhara na vida com a força amorosa de mãe, agora a entregava ao Senhor da Vida, na plena convicção de que cumprira essa missão. Acariciou mais uma vez a filha com suas mãos trêmulas, beijou-a longamente, despediu-se com um “qualquer dia a gente se encontra” e foi-se embora...
Comentários
Postar um comentário