TIME DE EMOÇÕES

 


TIME DE EMOÇÕES COM OS CRAQUES PEDRO E PAULO.

 

  João J. C. Sampaio.

 

               Nos tempos vibrantes de Copa do Mundo, os nossos olhares se voltam para os muitos times e jovens atletas que, orgulhosamente, exibem as cores de seus países. Na deliciosa magia da suspensão da rotina cotidiana, somos arrebatados e, junto aos jogadores que representam a nossa pátria, entramos em campo, suamos a camisa, gritamos, choramos, rimos, cantamos, damos ordens, xingamos o juiz e saímos felizes, de alma lavada se vencemos!

 

              Toda partida é uma trama de emoções profundas, de altos e baixos, de cartões amarelos ou vermelhos, de advertências, pênaltis, de faltas na boca da área, causando arrepios com a possibilidade do gol... Em cada jogo, traduzimos um pouco de nossa vida, com movimentações e peripécias, onde uns procuram avançar enquanto outros barram o caminho!

 

              No mesmo período dos jogos da Copa, também celebrarmos a festa dos Apóstolos Pedro e Paulo, santos baluartes da vida cristã e, como atento torcedor, me vem à lembrança a fortíssima seleção formada pelo Técnico Jesus de Nazaré.

 

              Ele, O Técnico, escolheu a dedo cada um dos jogadores e, mesmo sendo criticado no caso do craque Mateus, não cedeu às pressões e fez a convocação (Mt. 9, 9-12). Teve problemas sérios com um deles que traiu a sua confiança, abandonando a concentração (Lc. 22, 1-6) e, com outros dois irmãos que viviam a criar intrigas na busca de saber quem era o melhor (Mc. 10, 35-43). O Técnico não gostou das discussões e expôs claramente, no vestiário, que cada um estava ali para servir e fazer o time ganhar. Assim, ninguém abriu a boca quando chegou o momento de escolher o capitão do escrete. Ao raçudo Pedro, um sujeito nervoso e atirado, mas de coração generoso, foi entregue a braçadeira de comandante, mas antes teve de passar por um teste de fidelidade (Mt. 16, 15-19). Por três vezes, o Técnico Jesus quis saber dele se, realmente, estaria ao seu lado em qualquer condição do desenrolar da partida. Meio encabulado, mas com a sinceridade que lhe era peculiar, Pedro confirmou que não abriria mão de suas instruções técnicas. Disse até que O amava (Jo. 21, 15-17) .

 

               Pouco tempo mais tarde, o Técnico Jesus teve que retornar para a sua Casa e a seleção ficou muito insegura e abalada, exatamente na hora em que deveria entrar em campo, pra valer. Então os jogadores se lembraram da promessa de Jesus, de que enviaria um novo Técnico de sua mais absoluta confiança, o Espírito Santo Paráclito que sempre estaria presente entre eles orientando as melhores posições no campo (At. 2).

 

              De fato, passaram a jogar tão bem que acabaram despertando a ira dos adversários perdedores. Esses, para não permitir mais avanços, mataram craque Tiago, o irmão de outro cara bom, o João (At. 12, 2); prenderam outros, inclusive o capitão Pedro. Foram duramente perseguidos, bateram neles, proferiram injúrias, mas tais afrontas só redundaram em mais ânimo e vontade de jogar!

 

              Um dos perseguidores, de nome Saulo, não suportava reconhecer que, quanto mais atacados, mais hábeis se tornavam. Além do mais, os atletas eram muito solicitados e já contavam com uma enorme torcida. O Técnico Jesus, sem que ninguém soubesse, convocou de modo inesperado e surpreendente o tal Saulo e o escalou para o segundo tempo (At. 9, 1-19).

 

              A princípio, Saulo ficou muito confuso e os outros Apóstolos se entreolharam desconfiados, mas acabaram acatando a decisão. O Técnico Jesus sabia o que estava fazendo! Não sei se por questão de marketing, o nome de Saulo passou a ser Paulo e ele foi uma revelação...

 

              A partir daí, o time engrenou e os Apóstolos conquistaram os louros da vitória! Pedro e Paulo tornaram-se uma dupla de ataque irresistível. Onde quer que chegassem causavam impacto e alvoroço. Até hoje os seus nomes são carinhosamente lembrados e as suas extraordinárias realizações admiradas por incontável número de times formados pelo mundo afora...

               

              Na atualidade, muitos mais querem vestir as suas camisas, ser como eles e outros Apóstolos vencedores. O que eu sei é que o Técnico Jesus, ainda não se dando por satisfeito, aconselhou que as suas instruções vencedoras fossem levadas a todos os cantos e recantos do planeta, de modo que a Vida seja sempre uma celebração tão vibrante quanto uma Copa do Mundo! 

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